23 de dezembro de 2009

UM NATAL CONSCIENTE.

Tantas luzes que piscam, cores que enchem nossos olhos e dão cor às ruas da cidade.... são como máscaras para camuflar a pequena força que se encontra em nossa luz interior. Tanta música, canções natalinas entoadas em uníssono com tanta alegria e empolgação... servem para abafar os sons dos gemidos que são silenciados por quatro paredes; esquecidos por nossos ouvidos individualistas e ignorados pelas nossas aparências sociais. Quanta bebida... para no final restar apenas aquele gosto amargo que desce a garganta. São os desejos dos famintos que farejam no ar o cheiro das delícias natalinas e que as degustam apenas na imaginação e as digerem com as narinas. Quantos presentes que trazem alegria para aqueles que os recebem... mas também trazem desilusão àqueles que sonharam e esperaram e no final receberam da realidade tão pouco. Pra que tanta árvore? Tanto verde? Se a esperança que existe dentro de nós é transparente, invisível e abstrata?! Pra que um velho barbudo de roupa vermelha que traz doces no saco que carrega em suas costas, realizando os seus desejos de acordo com sua conduta ao longo do ano; se existe uma pessoa que não precisa de capa, gorro, barba para ser quem é, ou um saco vermelho para carregar seus presentes. E sabe porquê? Porque o presente que ele lhe proporciona não há dinheiro que compre, não há saco que caiba, não há trenó que carregue... é a força que lhe sustenta em seus momentos de angústia, o ar que você respira, o sol que nasce para clarear seus dias, o coração que bate... é a sua vida! Ele te ama, te perdoa, tem sempre uma mão amiga para lhe estender... e não somente em um dia do ano, e sim todos os dias de sua vida! E o melhor... o seu amor é incondicional, ou seja; não tem limites e não necessita de uma avaliação dos seus dias no decorrer do ano. Papais-noéis, trenós, duendes... toda uma máscara usada para tirar o foco de quem merece toda a atenção não só nesta data, mas todos os dias vividos: Jesus. O maior presente que podemos oferecer é o que não se pode ver nem tocar, mas apenas senti-lo e oferecê-lo. É o amor de Deus, aí sim o seu natal e o resto dos seus dias terão luzes não somente nas ruas, e sim no seu interior a resplandecer no seu rosto e nas suas condutas... músicas não só natalinas a soar nos seus ouvidos, e sim a harmonia do seu interior a tocar o som de gratidão pela vida; não bebidas que satisfazem seu desejo momentâneo e sim a água da fonte da vida, que sacia sua sede eternamente. À você e sua família, um feliz natal consciente!
Patrícia Azevedo

3 de dezembro de 2009

Gratidão

Ser grato é uma virtude, e nem sempre a sustentamos. Quando focamos no nosso eu, nas nossas capacidades e desejos, quando não aceitamos o fato que somos imperfeitos, quando achamos que o que vale é que nossas vontades sejam sempre atendidas e começamos a focar a mente em outra direção perdemos o equilíbrio. Quando focamos nossos pensamentos nas frustrações porque nossos planos, desejos e pedidos não foram atendidos ou concluídos nossa mente nos culpa pelo ocorrido e o que nos resta é lamentar. “Eu realmente não mereço isso”, murmuramos. “O que fiz para merecer isso, já que sou tão bom?!”, praguejamos. É como uma espiral, só que para baixo. E quanto mais você caminha sob ele, mais você se afasta do Criador, que está sempre acima. As vontades do EU se opõem com os planos DEUS para nossas vidas. Para subir, em qualquer situação, nos exige mais esforço, dependemos da nossa energia. E para subirmos é preciso estarmos mais leves, nos desgarrarmos daquilo que nos impregna, o fardo do EU (Hebreus 12:1). Soberba, orgulho, vaidade, egoísmo, individualismo... todas essas coisas são como bagagens que só nos puxam para baixo, tornando nossa subida mais desgastante e cansativa, e bem menos laboriosa nossa descida, mais triste. O primeiro grande passo é ter a consciência que existem dois lados que se opõem entre si, e que podemos e devemos fazer escolhas. Um nos puxa para a tristeza, outro para uma alegria diferente da do mundo. Claro que não é nada fácil sorrir em meio a dor, mas também não pense ser muito difícil chorar em meio aos falsos prazeres egocêntricos, que saciam a vontade do nosso eu. Tudo torna-se mais fácil quando temos em mente que o momento que estamos passando poderia ser pior. Não que vai piorar, e sim que existem outras pessoas que passaram por momentos piores. Esse pensamento às vezes é quase impossível quando encarado como uma realidade, mas o ato de agradecer em meio à tribulação torna a subida mais leve. Enquanto as lágrimas rolam, valorizar os momentos em que desperdiçou boas risadas. Quando está sozinho, enxergar o quanto foi tolo ao ignorar uma boa companhia. Agradecer pelo silêncio que lhe foi dado, pois ele te fez ouvir o som do vento, que lhe disse muito mais do que precisava naquele momento. Ser grato pela simpatia dos seus amigos, pois só assim você lembrará do quanto o seu sorriso é importante para aqueles que te cercam. Agradecer pela sua imperfeição, pois assim poderá reconhecer e tolerar as falhas dos seus colegas. Só assim poderemos nos elevar e controlar o nosso eu que por natural é mimado, cheio de vontades, trazendo somente uma felicidade momentânea e quase nunca convergentes com os planos de Deus para nossas vidas, pois Ele oferece uma felicidade duradoura. Enfim, sermos gratos não por termos o que desejamos, e sim poupados de receber o que realmente merecíamos.
Patrícia Azevedo.

1 Tessalonicenses 5:18
“Em tudo dai graças; porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.”

1 de dezembro de 2009

CONFIANÇA.

É não ter dúvidas, acreditar, cumplicidade. É transparência, entrega. Você entra no ônibus rumo à um dia de trabalho... a cabeça ligada no que enfrentará em mais um dia. Não sabe ao menos o nome daquele que te dirige, que conduz o veículo ao destino almejado. Apenas confia em um sujeito que tem sua carteira de habilitação e um serviço público, não sabendo dos seus vícios, seu estado psicológico ou quantos acidentes ele já sofreu. Ao final do dia, ao receber seu salário você vai ao banco depositar seu dinheiro. Fruto do seu trabalho, da sua rotina estressante que lhe rendeu tanta canseira e suor. Você não sabe quem tem acesso ao seu envelope ou muito menos se ele será depositado realmente em sua conta, apenas confia em uma máquina... que não pensa, não fala, não tem vida própria.. é apenas programada, e que de uma hora pra outra pode estragar. Ao marcar uma operação você confia no estudo e na capacidade de um médico. Um ser humano, de carne e osso que tem um diploma. Não tem conhecimento se os diplomas dele são realmente verdadeiros, se era um aluno aplicado que realmente aprendeu a matéria ou se já cometeu algum acidente deixando seqüelas em alguém. Apenas confia nas mãos de uma pessoa desconhecida, e enquanto você dorme com uma anestesia, ele abre o seu corpo, do qual você precisa para ter vida. Ao gravar um trabalho importante onde foi gasto tanto tempo para concluir, você confia na memória de um computador. A placa poderá queimar, ou alguém por acidente pode simplesmente apagar todo o seu trabalho. Você apenas CONFIA. Inúmeras atitudes em nosso cotidiano dependem da nossa confiança. E nós a liberamos sem ao menos refletir sobre sua importância. Confiamos em amizades, pessoas, máquinas... e por motivos pequenos não depositamos confiança Naquele que nos fez, que merece a direção de nossas vidas. Aquele que veste as flores com toda singeleza, proporciona o ar para seus pulmões, pinta o arco-íris sem erro, não deixa o azul do céu desbotar... Aquele que te criou e fez questão em te fazer único, com uma impressão digital que você nunca irá encontrar igual. Devemos ser como crianças, confiar na inocência, indefesas, inexperientes, precisando sempre do abraço que protege, do olhar repreensivo. Porque antes de confiar naquilo que está no mundo, ou foi criado por ele, devemos perceber a essência, o que somos e de onde fomos constituídos.
Patrícia Azevedo

"É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar no homem." Salmos 118:8


30 de novembro de 2009

ESCOLHAS

Ao desenrolar da vida fazemos escolhas. São caminhos que decidimos trilhar, rumos que damos aos nossos dias. As escolhas nos trazem conseqüências e nos direcionam à novas trilhas. Conscientemente ou inconscientemente, por ação ou omissão fazemos escolhas. Algumas importantes, no qual precisamos pensar bastante a respeito, outras apenas corriqueiras, operacionais. Às vezes é difícil, porém indispensável optar por dirigir nossas vidas, sem deixar que ela seja um barco sem rumo no imenso oceano. As escolhas nos fazem assumir responsabilidades, crescer, amadurecer; elas são diárias, portanto, as oportunidades para novos rumos, também. Somente as escolhas nos permitem tomar as rédeas de nossa vida, ser autores da nossa própria história, e não vítimas das conseqüências que nossas escolhas nos trouxeram. “Ou isto ou aquilo”, como disse Cecília Meireles... as escolhas fazem parte da nossa evolução, que é um processo ininterrupto, e consequentemente não é possível deixar de faze-las, embora essa também seja uma escolha.
Patrícia Azevedo.

14 de novembro de 2009

SUPERFICIALIDADE

Um sorriso no rosto que nunca se desmancha, um salto agulha que nunca me cansa, a auto confiança que ao meu parecer é irredutível. Pele esticada para disfarçar a idade, depressão porque o vestido não serve, inertes à emoções.. tudo pra não borrar a maquiagem! Fazer o bem? Sim, tenho a preocupação com os necessitados... aqueles menos favorecidos que imploram por minha “bondade” e os ajudo com o resto que me sobra. Acho que assim estou garantindo meu espaço no céu. O céu? É apenas um lugar reservado para os bons, aqueles que ajudam e fazem o bem aqui na terra. Amigos? Não sei bem o que é isso. Dizem por aí sobre o amor, a união, o companheirismo... pra que isso tudo quando se tem dinheiro?! Quando o tenho vou para onde quero, tenho o que quero e as pessoas que me interessam. São os contatos, eles que me rodeiam e são minhas marionetes, eu comando! Eu tenho o poder em minhas mãos, o dinheiro possibilita que meu mundo seja melhor! Preocupação? A única que me atormenta é a falta dele. Meu mundo acabaria! Deus? Apenas Aquele que cuida dos que precisam, eu não preciso Dele... Não acredito no que falam a respeito disso, afinal não é do meu interesse. O meu orgulho interior não me possibilita render-se a uma pessoa que não conheço. Ah! O orgulho... é minha satisfação por ser quem sou; afinal tenho o mundo em minhas mãos!

A festa acabou, volto para casa... não tenho ninguém além do silêncio e o eco dos meus passos. Desço do meu salto e me arrasto até o sofá. Minha cabeça é um turbilhão de pensamentos... percebo que minha carruagem se transformou em abóbora. Me dou conta de que mandando um certo valor à uma ong de ajuda aos pobres não compro meu passaporte pro céu. Será que eles são um pouco felizes com o dinheiro que lhes enviam? Lembro-me de uma vez que os fui visitar. Aqueles sorrisos, ainda posso ouvir o som daquelas gargalhadas, parecia ser tão.. real! Me pergunto como conseguem extrair de tanta pobreza, a alegria?! Agora vejo que aquele creme anti-rugas não era a fórmula da felicidade. A felicidade... não sei o que é isso. Penso que comprando o que eu quero posso tê-la, mas ela escapa entre meus dedos. Quanto mais o valor da minha conta cresce, mais o meu banco de felicidade se esvazia... se ele ainda existe. Penso no céu às vezes e percebo o quanto tenho sido fútil... faço o bem para ter o status, piso em quem está abaixo de mim e desprezo quem não me interessa. Deus... quem me fala sobre Ele parece ser tão feliz! Uma vez fui à uma igreja, mas meu orgulho não deixou render-me aquela palavra; minha maquiagem não poderia ser borrada por aquela emoção que surgia em meu interior, fazendo-me chorar desesperadamente, aos soluços, pedindo ajuda... por dentro. Orgulho... vejo o quanto ele me atrapalha. Sou cheia dele, e me dou conta de que ele é o sujo que preenche meu coração. Queria sair por aí e declarar que toda essa minha aparência não se passa de uma máscara, uma casca que esconde um interior sujo, pecador, que precisa de ajuda! Vejo que preciso de Deus mais do que qualquer coisa... seria capaz de vender tudo o que eu tenho para tê-lo, se ele me possibilitar ter felicidade... e aqueles que me cercam? O que vão pensar de mim? Não, não vou me render... prefiro viver dessa superficialidade, aliás ninguém sabe o que realmente está dentro do meu coração... a não ser Aquele de que tanto preciso, Deus. Não sei por quanto tempo vou resistir.
– isso se encaixa à sua realidade?

Patrícia Azevedo.

10 de novembro de 2009

MÁRIO QUINTANA.

"E que fique muito mal explicado. Não faço força para ser entendido, quem faz sentido é soldado."

16 de outubro de 2009

VISÃO DE CRIANÇA

É tão difícil enxergar o óbvio. Uma noite de céu estrelado, o vento movendo os cabelos, o sol que nos aquece. É tão difícil pro nosso ego ceder o perdão. Temos um desejo insaciável de dinheiro, fama, status; deixamos nossa felicidade se dissipar e tentamos saciar essa fome com coisas fúteis que nos parecem atraentes. Depois de um tempo acordamos para a realidade e percebemos o quanto a felicidade nos faz falta, o quanto ela é essencial. Felizmente ela não se esconde dentro de carros luxuosos, não está entre as celebridades nem requer de você status. Ela está onde menos procuramos, nas coisas em que menos damos valor. Para encontrar a felicidade devemos ter uma visão de criança. Enxergar a felicidade na simplicidade, não deixar nosso bem estar se contaminar com todas as exigências requeridas lá fora. É ser transparente nas palavras, usando a sinceridade para expressar sem medo o que pensa; e nas atitudes, revelando o que realmente sente na forma de agir. É persistir no que se acredita até o fim, mesmo que suas crenças sejam a existência de um conto de fadas ou cursar a faculdade de medicina. É ter um sorriso largo no rosto quando se tem o pedido de brinquedo negado ou as portas fechadas do emprego tão almejado. É admirar e enxergar o belo nos pingos de chuva espirrados na janela, é ouvir o canto dos pássaros, respirar com profundidade, ver as cores de um modo diferente.. na aquarela da vida! É ter medo do bicho papão que se esconde dentro do armário e não de homens como você, que praticam a injustiça sem qualquer temor. É fazer um amigo sem antes saber ao menos o seu nome, por desconhecer a palavra preconceito. É ser super heróis mascarados que fazem o bem sem olhar a quem ou praticar a bondade quando nos é dada a oportunidade, mesmo que a recompensa não seja medalhas ou grandes reconhecimentos; se ela chegar a existir. É se sentir seguro apenas estando no colo da mãe, não precisando de altos muros e cercas elétricas para conquistar o que chamamos de paz. É útopico tornarmos crianças depois que crescermos; pois a fase da vida em que o mundo de fantasia nos cercava, hoje se transformou em uma cárcere de pressão e competição. Mas não é impossível por alguns poucos momentos, se libertar desse cárcere e deixar a criança que habita dentro de nós com seu perdão, esperança e o brilho nos olhos ao admirar o simples respirar, para que não morra nesse mundo sufocante.
Patrícia Azevedo

23 de setembro de 2009

O SILÊNCIO.

O silêncio é a ausência de palavras, de sons, ruídos. É a meditação do praticante de yoga, fonte da criatividade e inspiração dos pensadores, o sonho de uma professora de creche, a expressão para a pantomima. Em alguns casos o silêncio é agonizante. É o pior dos silêncios, é aquele que perturba.. o silêncio que fala. E fala alto, grita no nosso interior e o pior, entendemos a mensagem. Uma resposta que não chega, o perdão que não vem, um telefone mudo. Parece ser interminável... esse silêncio sim, incomoda. Às vezes é preciso ouvir o silêncio... é nele em que os pensamentos surgem. Um desfolhar de idéias, a lembrança do passado, a avaliação do presente e os sonhos do futuro; embrulhados num amanhã. Em alguns casos ele é a melhor resposta para uma pergunta tola ou simplesmente para encerrar uma discussão. O silêncio pode representar desinteresse, esquecimento, recusa. É sofrimento pra quem espera uma resposta, pois sejam quaisquer palavras elas representam uma tentativa de entendimento. Deus se encontra no silêncio. Jesus ia para o deserto, na solidão junto da imensidão de areia e insuportável calor em busca da mais profunda comunhão com Deus: no silêncio. Nos parece complicado ou às vezes impossível ante tanto barulho que nos cerca se esquecer de tudo e nos conectar com o nosso interior, e ouvir simplesmente, nada. Porém, essa atitude é essencial.
Patrícia Azevedo.

11 de setembro de 2009

EXPLORANDO O NADA

O nada é um conceito, é algo que deixou de existir, uma representação lingüística do que se pensa ser a ausência de tudo. O nada é a ausência de palavras, denominada silêncio. É a ausência de cores, denominada branco. É a ausência de forma, denominada vazio. É a ausência de espaço, denominada vácuo. É a ausência da quantidade, porém incalculável. É a ausência do que um dia existiu. É o princípio, o começo das idéias, o início da criatividade. Deus criou o tudo do nada. O existente era negro, sem forma.. do nada surgiu a melhor invenção, fruto da maior criatividade do excelentíssimo Criador: a vida. A mente humana, a harmonia entre os órgãos, o coração que pulsa sem descanso, o ar que nos é dado gratuitamente, tudo isso é mais complexo do que imaginamos. Somos seres especiais, únicos... e tamanha invenção foi fruto do silêncio, do escuro, do vazio, do nada. O nada é o oposto de tudo; o tudo é fruto do nada e nós somos uma parte do tudo; o tudo que um dia pode chegar a ser simplesmente, nada.
Patrícia Azevedo

19 de agosto de 2009

POR VOCÊ, FARIA ISSO MIL VEZES.

Essa frase impregnou a minha mente desde que a li no livro O Caçador de Pipas. Por você, faria isso mil vezes. Fico pensando com qual dos personagens me identifico e também identificando meus amigos nas atitudes deles. A todo tempo estamos cercados de pessoas que, alguns, denominamos "amigos". Mas fico tentando entender o verdadeiro valor da amizade e quem realmente são eles. Acho que a verdadeira amizade é aquela com que palavras não precisam ser ditas e um discurso de palavras e sentimentos são decifrados somente com um olhar; que não é preciso haver mentiras, pois elas são desvendadas assim que ditas. Amizade que não se é amigo somente da pessoa e sim de toda sua família; que te aconchega somente com um abraço. Não há como definir a amizade, pois esse é o sentimento mais belo e verdadeiro que se pode haver entre duas pessoas. Pessoas já se passaram por minha vida e algumas por motivos tolos saíram... umas agradeço por ter descoberto quem realmente eram, outras lamento por acreditar que sua permanência seria uma boa coisa.. mas o fato é que tudo isso já se passou e como diz o uma música da qual não me recordo o nome: o que passou, passou.. não volta mais.
Patrícia Azevedo.

3 de agosto de 2009

A MORTE.

Muito pouco se fala nela, até mesmo pois se parece mórbito pensar a respeito da morte. Ela é inevitável, mas seria tolice passar pela vida sem se preocupar com a morte. Matthew Henry disse: "É necessário que o assunto de cada dia seja preparar-se para o nosso último dia". Muito se fala em "viver" como se fosse o nosso último dia. Agora pense: e se hoje fosse seu último dia? Você o desperdiçaria falando dos outros ou fazendo coisas que você mesmo, em sua consciência as julga desnecessária, errada ou fútil?! Como você gastaria esse último dia? Seriam as últimas horas da sua vida, da sua existência... seriam as últimas coisas que você faria, as últimas lembranças que você deixaria aos seus conhecidos aqui na Terra. Depois disso seria apenas uma gota se dissipando do palco da existência. A única vez que pensamos na morte é em enterros, mesmo assim superficialmente, apenas movido por sentimentos. O fato é que devemos sim nos preparar para a morte, não vivendo em função de pensar que ela está chegando, mas alertos para as nossas ações e atitudes, pois não sabemos como e quando, mas um dia ela vai chegar.
Patrícia Azevedo

15 de junho de 2009

AS MAIS BELAS OBRAS DE ARTE

As mais lindas obras de arte não estão em grandes quadros, com molduras caras, expostas em grandes galerias; não foram pintadas à pinceladas exatas ou abstratas inspiradas em grandes paisagens ou feitas por ilustres e célebres artistas; nem tem seu preço absurdo ou às vezes incalculável. As mais belas obras de arte não estão expostas em famosas galerias e sim para que todos nós possamos vê-las, ao alcance de todos os olhos, encontradas em todos os lugares. Não foram pintadas por ilustres e célebres artistas e sim Pelo "Pintor dos pintores" que todos nós conhecemos, mas não damos a devida importância. Não foram pintados à pinceladas exatas ou abstratas e sim pelas mãos carinhosas do Criador e também não tem preços absurdos ou imensuráveis, elas estão à todo lugar, à todo tempo, à toda vista. Mas que obras de arte são essas que são às vezes inotáveis aos nossos olhos que só se focam em objetivos fúteis e desnecessários, que são de graça e ainda são consideradas "belas"? São elas a semente que plantada em boa terra se transforma em grande árvore que nos dá sombra, oxigênio e frutos. São elas o canto do pássaro, agradecendo ao Criador pela vida, esse mesmo som que é abafado pelo barulho sem harmonia da cidade. São elas o botão de rosa que permanece intacto depois de ventos e chuvas, apenas esperando para ser contemplado ao seu desabrochar. Está na metamorfose da lagarta que entra em seu casulo e sái dali com asas coloridas e belas, preparada para alçar grandes voos, já identificada por outro nome: borboleta. Está no sorriso de uma criança, estampado no seu pequeno rosto. Está ao nascer e pôr-do-sol, onde temos a certeza que ele virá no próximo dia nos dar calor e luz. Está na grandiosidade do mar que perdemos de vista; nas estrelas que brilham para clarear nossa noite, no ar tão precioso que respiramos, na harmonia de todos os órgãos humanos, no pulsar sucessivo e ritmado do coração.
As grandes e mais belas obras de arte estão espalhadas em infinitas coisas, momentos e lugares. Estão ao alcance dos nossos olhos e ouvidos, olhos que não exercitariam sua função que é ver e ouvidos que não escutariam se não fosse por intermédio do Criador, o mesmo Criador de todas as belas obras de arte: Deus! Ele que em ato de humildade está apenas esperando o agradecimento de suas soberbas criações.
Patrícia Azevedo.

28 de maio de 2009

Viver!


     A vida passa, isso é inevitável. Às vezes jogamos fora várias oportunidades de estar feliz, e não nos damos conta de que a vida é passageira. Focamos toda a nossa energia nas responsabilidades do dia-a-dia e não percebemos que o nosso tempo, esse precioso tempo, está indo embora. Momentos simples, porém significativos são perdidos pela falta de tempo. Perdemos nossa vida preocupando-se em comprar, ter, ser! Sempre nos comparando com quem tem mais, quem é melhor! E o que nos tornamos? Pessoas rudes, estúpidas, gananciosas que só pensam em si próprios. Que não reconhecem o que tem, e tão pouco agradecem a Deus pelo que lhe é dado todos os dias: a vida! É, essa mesma vida que passa sem que ao menos percebêssemos. E um dia "acordamos" e vemos o que ficou para trás, e a vida passou.. sem que pudéssemos simplesmente viver! Apenas sobrevivemos. E nos perguntamos: é tarde para se restituir o tempo perdido? Hoje ainda se pode perdoar alguém, dar um abraço, dizer um 'eu te amo'. Vamos viver o presente, aproveitando o agora e planejando o amanhã, por que a vida é curta.. e só se vive uma vez!
Patrícia Azevedo

24 de abril de 2009

CERTEZA

Ter certeza.. isso é irônico. Não se pode ter certeza nessa vida, eu acho. Vivemos sujeitos à qualquer coisa, à qualquer imprevisto.. não estamos imunes a nada, nem isentos dos problemas ou surpresas que a vida nos expõe. Uma vida de incertezas sempre é uma grande surpresa, uma grande dúvida. E se existisse certeza? Não existiriam sonhos, planos.. seria monótono; seu futuro já feito, e nós apenas existiríamos. A vida de incertezas é um verdadeiro jogo.. em que somos as peças, e Deus, o jogador.
Patrícia Azevedo.